Depoimento de Lilian Amaral sobre "Isso que Chamamos, Talvez por Engano, de Amor""
Ei Pessoal, Assisti hoje o trabalho de vocês e fiquei muito tocada com o que vivi. E ouvindo de vocês "escrevam!" atrevi-me a registrar o sentido que fez pra mim. Obrigada por reforçar o que alimento sobre o teatro como espaço de auto reflexão e conhecimento transformador. Um abraco!!! Então, pra mim foi isso... Ficamos chapados, mudos, somos parede – tensos, incomodados, mofados, acomodados – assistindo angustiados o fim do que ainda não terminou. Imóveis, somos espaço – cenário, nada podemos fazer além de estar ali. Por alguns momentos deixamos de existir ao mesmo tempo em que somos o ali, o aqui e agora. A divisao dos bens, dos maus – divide-se, se divide. O que é do outro em mim, o que é meu no outro. O que é nosso e deixará de existir , quando a gente já não for mais dois. A angustia do término, a densidade do espaço – tão comum, tão de cada um. A tensao dos atores que nos apaga. Em alguns momentos, olho pra meus companheiros “platéia-cenário”, estamos todo...